Citemor 1999

CICLO

SEM DEUS NEM CHEFE
Artistas Unidos
Seminário

Porque os actores não são apenas intérpretes, caras de um catálogo à mercê dos encenadores. Ao acreditarmos que são artistas, exigimos dos actores uma responsabilidade cívica. Os actores são pessoas, que têm coisas para dizer às outras pessoas que, por acaso e vontade nesse dia, forem espectadores. Os actores são pessoas que treinam a produção dos espectáculos, que escolhem os textos que desejam fazer, que escolhem. Sem ninguém a dizer-lhes o caminho do bem. Na escuridão da sua liberdade. 

Jorge Silva Melo

BURACO NEGRO E CÂNCER

Revelado em Portugal pela companhia belga STAN, Gerardjan Rijnders é um dos principais autores dramáticos holandeses. Actualmente, é também director do Toneelgroep Amsterdam, a mais importante companhia holandesa.
O seu teatro é uma acumulação de equívocos que acabam por produzir a sua própria linguagem. Essa a sua força, esse o seu absurdo. Um mundo sem piedade exige um teatro rude.
Mas o mundo move-se. Enquanto em Buraco Negro (1986) as personagens falam sem interrupção, em Câncer (1996), as palavras já quase não têm lugar. Cada vez menos palavras, só partes de frases. Mas talvez, nos silêncios, os amantes digam agora mais coisas um ao outro.
Estas duas peças em um só acto foram escritas para a companhia STAN. 

Textos Gerardjan Rijnders

Projecto Isabel Muñoz Cardoso e Luís Esparteiro 

Tradução Pedro Marques com Lut Caenem 

Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves 

Luz Pedro Domingos 

Direcção de cena Pedro Gardete

Produção Catarina Saraiva 

Patrocínio Ministério da Cultura