AY, Jacinto

RESIDÊNCIA / PRODUÇÃO PRÓPRIA

QUI 10 AGO 22:30 | TEATRO ESTHER DE CARVALHO - MONTEMOR-O-VELHO

O jacinto de água (Eichornia crassipes) é uma espécie vegetal que se espalhou pelo antigo curso do Rio Mondego. Esta planta aquática de origem amazônica é uma das espécies invasoras mais poderosas que existem. Por vezes o jacinto povoa o rio, transformando o seu curso num espaço vegetal.

Diz a mitologia que Jacinto era um príncipe de Esparta, jovem e lindíssimo que conquistou o amor de Apolo (Deus das artes e do arco) e Zéfiro (Deus do vento). Jacinto morreu devido aos ciúmes incontroláveis dos Deuses. Apolo não quis enterrar o seu corpo, transformando o seu sangue numa flor.

A beleza desta planta e sua fertilidade louca levou-nos até ao rio para trabalhar sobre ela, fomos com os nossos microscópios para a ver desde dentro e compreender onde se guarda toda essa vitalidade, ou melhor, entender como essa vitalidade se torna uma ameaça. Andámos durante dias no Rio Mondego, a remar e a pensar sobre a fertilidade, o amor, o sexo femoral, o sangue e a invasão. Imaginando histórias entre os dois jacintos: a planta e o mito.

David Benito, Luz Prado e eu criamos uma série de breves retratos sobre o jacinto de água, estes retratos constroem-se na interseção entre o som, a escrita e as imagens do microscópio. Na noite de 10 de Agosto vamos passear por Montemor-o-Velho em busca do jacinto._ELENA CÓRDOBA

 


Um projecto de David Benito, Elena Córdoba e Luz Prado

Participação da Associação Filarmónica 25 de Setembro - Montemor-o-Velho

Saxofone alto: Beatriz Rebelo

Trompa: Virgílio Lopes 

Trombone: Rui Santos

Percussão: Rodrigo Silva e António Roque

Clarinetes: Carla Correia e Íris Alves 

Trompete: Bruno Costa 

Tuba: Eduardo Verdete 

Flauta: Camila Alves

“Ay, Jacinto” é produzido por Citemor com o apoio de The Culture Moves Europe Mobility Grant.

Agradecimentos: Jael Palhas, Jorge Camarneiro


Nota: esta proposta inclui um percurso de aproximadamente 1 600 metros no exterior do teatro, pelo que se recomenda aos espectadores o uso de calçado confortável. No final, a organização do festival assegura a deslocação de regresso ao Teatro Esther de Carvalho.



M/6; 100'



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