Citemor 2008


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mala voadora

o decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim 

a arte de pensar a cabeça dos outros

Qui 14 e Sex 15 Ago | 22:30 | Sala B

co-produção, residência de criação, estreia

Neste projecto pretendem explorar-se, por um lado, o “espectáculo” como puro entertainment, tal como é entendido no âmbito de muitas das práticas performativas e audio-visuais dirigidas às massas, e, por outro lado, o “espectáculo” como recurso de persuasão, tal como é entendido no âmbito da performance política. Entre o verdadeiro e o falso, ideologia e publicidade, emoção e verosimilhança, líderes políticos e personagens fictícias da cultura popular (eventualmente mais persuasivas do que os políticos), entre a representação in situ e o multimédia, o espectáculo visa ilustrar a ideia de que, citando Brecht, “o decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim a arte de pensar a cabeça dos outros”.

 

Site: Mala Voadora malavoadora.blogspot.com

 

Direcção Jorge Andrade 

Selecção de textos Jorge Andrade e Pedro Gil 

Video Itziar Zorita Agirre 

Com Jorge Andrade (em cena); Jorge Andrade e Pedro Gil (em vídeo) 

Cenografia José Capela 

Luz João d’Almeida 

Som Isabel Novais e Hugo Franco 

Assistência John Romão

 

A Mala Voadora foi fundada por Jorge Andrade e José Capela, responsáveis pela direcção artística da companhia. Apresentámos o nosso primeiro espectáculo em 2003 e, desde então, produzimos 10 espectáculos, 4 dos quais subsidiados pelo Ministério da Cultura. Nas 3 primeiras produções trabalhámos com os encenadores Rogério de Carvalho, João Mota e Miguel Loureiro. Ainda partindo de um texto dramático, o espectáculo seguinte, Os Justos de A. Camus, foi encenado por Jorge Andrade (menção honrosa do Prémio Madalena Azeredo Perdigão 2004, atribuído pela F. C. Gulbenkian), fazendo coincidir as tentativas do grupo de revolucionários de levar a bom termo o ataque terrorista com as tentativas dos actores de ensaiarem a peça. Desde então ainda não voltámos a adoptar uma peça de teatro como ponto de partida para fazer um espectáculo. Se, quando se parte de uma peça, a dramaturgia tende a traduzir-se em matizes interpretativos e poéticos desenvolvidos em torno desse texto (ou paralelamente a ele), temos ensaiado antes a partir da diversidade das relações que podem ser estabelecidas entre, por um lado, as temáticas que pretendemos transportar para a cena e, por outro, o tipo de procedimentos a adoptar com vista à definição do espectáculo. Juntamente com cada tema, definimos uma maneira de fazer, um enunciado operativo que tenha ele próprio um significado dramatúrgico convergente com esse tema. E em função disso, escolhemos a especificidade profissional dos membros de cada equipa de trabalho, e chegamos a um dispositivo cénico adequado à resolução formal do espectáculo.