HIPERSUEÑO é uma performance de toque que aborda a relação entre a dança e o desconhecido. Movida por um enigma, é uma dança que ainda não foi escrita. Em HIPERSUEÑO, as bailarinas Arantxa Martínez e Paz Rojo transmitem o que está a acontecer, o que já aconteceu, o que imaginam, o que lhes chega, o que intuem, o que existe, o que permanece. Coisas com as quais se deparam, que ressoam, que persistem: os sons dos pássaros, os sons que ouvem agora, uma paisagem, o chão que pisam, o peso de suas pernas ao roçar a superfície, um sapato, a sensação das roupas que vestem, átomos, um terremoto...
"Transmitir" como um exercício plenamente comunicativo não consiste em consolidar o que já se sabe, mas sim em se relacionar com o desconhecido. Um estado de transição constante que favorece uma visão migratória de uma dança gerada a partir de des/aparecimentos. De entrelaçamentos subcutâneos. De ressonâncias e bifurcações. De responsabilidades e de resposta-habilidades. A produção de corpos quase alucinados também é uma característica da paisagem sonora criada pela artista sonora e performer Luz Prado, que propõe uma relação de escuta ao vivo entre engenharia sonora e ação cénica. Em HIPERSUEÑO, som e movimento entrelaçam-se, produzindo uma textura alternativa ou ”brecha” no sensível, mesmo quando diferentes tempos, espacialidades, dispositivos e intuições se tocam.
Conceção, direção artistíca, prática de movimento e investigação curatorial Paz Rojo
Cocriação e interpretação Arantxa Martínez, Paz Rojo
Cocriação e paisagem sonora Luz Prado
Desenho de iluminação e solo Carlos Marquerie
Assistência engenharia sonora Pablo Contreras
Coordenação técnica e iluminação Roberto Baldinelli
Acompanhamento artístico Javi Cruz
HIPERSUEÑO é uma criação de Paz Rojo financiada por Ayudas a la Creación Contemporánea del Ayuntamiento de Madrid.
Com o apoio às residencias artísticas de La Caldera (Barcelona), Centro de creación Los Barros (Madrid), Oficina Colectiva de Producción e Investigación Dorothy Michaels (Madrid), Réplika Teatro - Centro Internacional de Creación e os festivais Domingo (La Casa Encendida, Madrid) e Citemor (Montemor-o-Velho, Portugal).
M/12; 1h10