Citemor 2002



  © LOS DE ABAJO

LOS DE ABAJO

concerto



Dom 27 Jul | 24:00 | Castelo

Os Los de Abajo surgiram em 1992, formados por Carlos Cuevas (teclas), Yocupitzio Arrellano (bateria), Liber Terám (voz), e Vladimir Garnica (guitarra). 

O seu nome vem da clássica novela da Revolução Mexicana, por acreditarem fortemente que a mudança vem de baixo. “Claro que as ideias tiveram uma influencia na música”, diz o Yocu — “isto tornou-se na coisa mais punk e radical: combinar os nossos sentimentos com a força e calor dos ritmos Afro-Latinos.  

Numa altura em que as bandas rock americanas descobrem os ritmos globais que ecoam nos terraços dos seus vizinhos — Ska, Latin music, entre outros — os Los De Abajo empenham-se em apresentar o México na sua mais gloriosa manta de retalhos.  

A sua música não é um mosaico, antes um caleidoscópio da vida mexicana. Uma violenta amálgama de merengue, salsa, reggae, mambo, cumbia ou mesmo polka com rock e funk que por magia resulta numa surreal, mas coerente nova combinação. 

Com direito a integrar o prestigiado catálogo da Luaka Bop, de David Byrne, a banda acaba de lançar o seu segundo CD «Cybertropic Chilango Power», que já mereceu as melhores críticas por parte da imprensa internacional.

David Byrne, ex-Talking Heads, já se referiu a eles como sendo o «underground do underground», uma brigada revolucionária que usa a música para deitar a casa abaixo. A verdade é que a sua música endiabrada é uma muito bem conseguida amálgama de todas as músicas dançantes do mundo, uma verdadeira turbina rítmica, uma máquina capaz de alegrar o mais sorumbático dos cépticos. Expresso, 23/06/01


Manifesto

LIBERDADE:  O poder de ser quem tu queres ser. Não quero ser o Super Homem, ou a cara da capa da última revista vip. Quero ser eu, da maneira que sou agora. Quero ser respeitado pelo que sou, e não ter de ser discriminado pela minha cor de pele, pelo sotaque ou estrutura corporal.

IDENTIDADE: é ser saber quem és. É à volta disto que tudo ronda — a nossa identidade Mexicana. Somos indefiniveis como um povo. O nosso sangue é inferior, porque somos filhos bastardos dum casamento forçado entre Jesus e Coyolxauqui. Temos um tio demente chamado Sam, e o nosso irmão é o Emiliano. De um lado do Rio Grande somos ilegais, e do outro lado somos extraterrestres. Extraterrestres no nosso próprio país.

IGUALDADE: é algo que o Ocidente gosta muito de falar mas apenas existem quatro palavras para a descrever —  Nós Somos Todos Iguais.


http://www.luakabop.com/losdeabajo/index.html