Citemor 2005

Esta é a trágica vida de um Homem Plano que um dia descobre que lhe falta uma terceira dimensão.

1 – ESPAÇO: No princípio era o Livro!

Primeiro podemos seguir a vida do Homem Plano na sua reflexão pelos mundos da bidimensionalidade e da perspectiva até descobrir que a sua existência temporária no mundo 3D é possível  se existirem espectadores a olhar para ele.

2 – TEMPO: a seguir veio o tempo real!

O Homem Plano apresenta uma estratégia infalível para conquistar uma imortalidade tridimensional e organiza uma excursão pelo mundo da ilusão e do terrorismo e convida-nos a participar. O Homem Plano descobre que a máquina de produção da realidade é o espectáculo e através da repetição de imagens, números de cabaret e circo, o Homem Plano mantém o espectador atento, e consequentemente, mantêm-se “real” no mundo 3D, rodeado de câmeras de vigilância, espelhos e projecções em tempo real.

Por um momento, o mundo obedece a uma construção paralela do próprio mundo.

Teatro é terrorismo e Terrorismo transforma-se em teatro:

Ambos criam ficção em tempo real!

O homem plano conquista a imortalidade tridimensional através do loop.

3 – ...e por fim o timing!

O Homem Plano percebe que andam à sua procura e que o rapto dos espectadores não poderá ser sustentado eternamente como planeado. 

O Homem Plano liga a rádio e a televisão. Em todos os media se fala dele. 

O Homem Plano percebe que para “ser e ser visto” e existir para todo o sempre no mundo “real” o melhor é mesmo ser jornalista e haverá sempre um foco e uma câmara atrás de si.

A partir daqui, a história continua através de notícias na rádio, de televisão, nos jornais, nas revistas, nos telemóveis, na televisão, nos folhetos grátis que passam pela rua numa espécie de telenovela jornalística. 

Um projecto site-specific onde o espaço são os media.

Nota: Esta fase final de apresentação corresponde ao processo de pesquisa, experimentação e dramaturgia ao vivo de Flatland III e não será apresentado como episódio autónomo. O objecto de estudo são os media e o seu resultado vários produtos mediáticos interligados entre si. 

No final do Citemor o puzzle telejornalistico ficará completo e servirá de base à instalação em 9 televisores que constituirá o episódio/documentário final Flatland III e que fechará o ciclo Flatlândico (conclusão deste episódio em data ainda a decidir em 2005 e a realizar após e a partir da residência em Montemor-o-Velho).

Texto, imagem e coordenação Patrícia Portela

Interpretação Anton Skrzypiciel

Guest star como telepizza man (todos os dias um diferente)

Design sonoro Christoph de Boeck

Direcção técnica e composição gráfica dos clips Helder Cardoso

Layout e programação do livro; layout notícias e DVD menu Irmã Lúcia efeitos especiais

Apoio técnico no Lugar Comum Hélio Mateus

Apoio técnico em Antuérpia Peter de Goy

Apoio técnico em Montemor-o-Novo e Lisboa Carlos Jorge Carmo

Construção do suporte do livro Antoine Vandewaude (Flatland 1)

Captação de imagem vídeo Leonardo Simões (Flatland 2)

Captação de Imagem ao vivo Patrícia Bateira (Flatland 2)

Produção Patrícia Portela e Helena Serra

Flatland 1

Subsidiado por Instituto Português das Artes e Fundação Calouste Gulbenkian

Co-produção Wpzimmer (BE), Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo e Lugar Comum

Apoios Transforma, Casa Ferreira, Centro Nacional de Cultura, editora Fenda, Embaixada Lomográfica e Martini Bacardi

Flatland 2

Subsidiado e apoiado por Instituto Português das Artes

Co-produção Wpzimmer (BE), ZDB, Lugar Comum, Espaço do Tempo e João Garcia Miguel

Outros Apoios  C.M.L, C.M.O. / Junta de Freguesia de São Julião da Barra, Centro Nacional de Cultura, Telepizza, Braz & Braz, BOSCH, TESA Portugal, XEROX, Versailles, 5 à sec e Cafés Delta

Agradecimentos especiais Transforma e SONY Portugal

> Bilhete: 10€ Bilhete com desconto: 7€

(desconto aplicável a menores de 25 anos, estudantes e profissionais das artes do espectáculo)