Citemor 2018
Sáb 28 Jul 22:30 // Sala B, Montemor-o-Velho
MÓNICA VALENCIANO
IMPRENTA ACÚSTICA EN (14 BORRONES DE UNA) APARICIÓN
residência de criação, estreia nacional
© Coral Ortiz
Monica Valenciano: biografía curta na primeira pessoa
Danço… como quem escava no corpo, transpondo obstáculos, abrindo novos circuitos possíveis que me permitem aceder à sua voz… a voz do corpo escondido no corpo que dança, movo-me ao encontro das suas possibilidades acústicas, através da respiração do movimento, o corpo que se evola, polifónico, dilatando o contacto entre a pele e o espaço, assisto à descoberta de texturas, tonalidades, qualidades que emergem num processo de revelação desde a prática quotidiana no momento da escuta do corpo, como instrumento musical, ou… lugar de ressonâncias.
Continuo a explorar na escrita do movimento, na formulação de uma linguagem que não trata de explicar nada, mas sim de implicar… convocando o encontro. Desde a capacidade de perceção do instante, encontrar esse estado de presença no espetador.
Anseio pela possibilidade de habitar qualquer espaço, a colaborar com o ato de aparição.
Assim, construir, desvelar o tecido de um espaço para que algo apareça, é quase o movimento fundamental.
Aprendo, em cada dança, a desaparecer melhor.
Em jeito de SINOPSIS
“Este encontro propõe-se, a partir de um mapa cartográfico, a transitar, viajando através de um leque de imagens… correspondência aberta, cartas de uma dança na formulação do seu próprio tecido. Entoações de um gesto, ritmos de um contacto, deslocações de uma ausência que joga. Corpografias de uma rede ao encontro dessa geografia que se abre em direção ao interior…Corpos de uma voz, ramificando-se em planos múltiplos. O espaço como protagonista vincula-nos no que deixa… a pele desse espaço que toca capaz de alojar um alvo inesperado…e ali onde o olhar nos convoca prende a sua visão: a baralhar… revelações orquestrais e a contratempo o alvo é um circo de olhos, começa no vazio. A pedrada é outono… cruzando o canto vindo de uma lágrima, dança, escuta a paragem marcando o ritmo do tempo. O medo desbota?… Um ponto ladrando soa na saliva e, o testemunho passeando no fundo dos teus olhos…”
MÓNICA VALENCIANO
Direcção e Interpretação Mónica Valenciano
Assistência de Direcção Raquel Sánchez
Desenho de Luz Cristina Libertad Bolívar
Música Anton Webern
Produção Executiva Jorge Rúa
Audiovisual Marta Blanco
Secretariado Norma Kraydeberg
Assessoria e Documentação Cristina Marroquino
Apoios Naves Matadero, L'animal a l'esquena, Teatro Ensalle e Estudio 3.