ANDRÉ e. TEODÓSIO
HAIKUS de Sónia Baptista
REMONTAGEM ESPECIAL
SEX 4 AGO 22:30 | TEATRO ESTHER DE CARVALHO - MONTEMOR-O-VELHO
© ALÍPIO PADILHA
Sónia Baptista estreou os seus “Haikus" em 2002. Segundo as suas palavras, os seus haikus “respiram e constroem-se com uma resistência à prova de quase tudo. Os meus haikus são balões blindados. Os meus haikus são teimosos, tomam-me a cabeça de assalto e depois não há maneira de os fazer arredar pé. (…) Atrás de um haiku vem sempre mais um haiku e o meu corpo vai-se desdobrando como um enorme lençol dizendo coisas sem as dizer.”
Em 2017, 15 anos depois, André e. Teodósio fez um reenactment desta performance no ciclo “Acreção” do Teatro Praga. Nas suas palavras, o intuito era pegar nas suas “favourite things”, apropriando-se delas, desierarquizando processos constitutivos de história, fazendo “justiça a processos artísticos e cognitivos que foram fundamentais” tanto para a história das artes performativas como numa escala afetiva pessoal.
A convite de Sónia Baptista e do Citemor, a apresentação de “Haikus” vem rebater a ideia de que as artes performativas desaparecem. Elas ficam, ainda que talvez não da forma que se possa pensar, “desdobrando-se como um enorme lençol.”
Desenho de luz: André e. Teodósio e Filipe Pureza
Figurinos: Teatro Praga
Uma produção Teatro Praga
M/16; 50'